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terça-feira, 22 de abril de 2014

Ogum o Orixa Guerreiro.

O Deus da Guerra

Ogum é o Deus da guerra. O seu nome significa luta, briga, batalha. Filho de Yemanjá, irmão de Exu e Oxossi. Ogum era um caçador tranquilo, até que um dia ao voltar da sua caçada vui a sua casa e a sua família ameaçada por guerreiros de terras distantes. Ao ver a sua casa em chamas e os seus entes queridos pedindo socorro, Ogum encheu-se de ira e, sozinho, cheio de ódio aniquilou todos os agressores. A partir desse momento Ogum ensinou o irmão Oxossi na arte da caça, despediu-se dele e da mãe e partiu pelo mundo, com o objectivo de vencer e conquistar.
 Deus da guerra, imagem ou arquétipo do soldado, Ogum é também o deus do ferro, da metalurgia. Do ferreiro ao cirurgião, todos os que utilizam instrumentos de ferro (e o aço por consequência) em seu trabalho : agricultores, caçadores, açougueiros, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, militares escultores e outros que se juntaram ao grupo desde o inicio do seculo; mecânico e motoristas; estão sintonizados com a energia de Ogum. 
                 Nesse sentido ele é o arquétipo da conquista da civilização humana, consolidada na idade do ferro. 
                 Orixá de personalidade violento, obstinado, constante, viril, disciplinado, quando não rígida  historicamente, teria sido o filho mais velho de Odudua, o fundadora de ifé, usando o titulo de Oniré (Rei de Irê), por se apossar da cidade de Irê, matando seu rei, usava um diadema, chamada akoró, e isso lhe valeu ser saudado, até hoje, sob os nomes de Ogún, Oniré e Ogum Alaàkoró, inclusive no Brasil, trazidos pelos descendentes dos Yorubás.
                    Ogum é unico, mas, em Irê, diz-se que ele é composto de sete partes. Ogum Mejeje Loode Iré, frase que faz alusão as sete aldeias, hoje desaparecidas, que existiram em volta de Irê. O numero 7 é associado a Ogum e ele é representado nos lugares que lhe são consagrados, por instrumentos de ferro, em número de 7, 14 ou 21, pendurados numa haste horizontal, também de ferro : lança, espada, enxada, torquês, facão, ponta de flecha e enxó, símbolos de sus atividades. 
  
 Qualidades
 Ogum-Já ---> Fundamento com Oxalá, Oxaguiã, Iemanjá e Oxum
Ogum-Ajá ---> Fundamento com Obaluaiyé e Sakapta
Ogum-Naruê ---> Fundamento com Oxum Caré
Ogum-Alé ---> Fundamento com Oxum Opará
Ogum-Wári ---> Fundamento com Exú e Oxóssi
Ogum-Dagolonakólá --->Fundamento com Exú e Obaluaiyé
Ogum-Meje ---> Fundamento com Iansã e Ossaim
Ogum-Biole ---> Fundamento com Oxalufã
Ogum-Onije ---> Fundamento com Omulú
Ogum-Lebédé ---> Fundamento com Exú e Xangô
Ogum-Obefarán ---> Fundamento com Exú e Oxóssi
Ogum-To ---> Não tem fundamento com outros Orixás
Ogum-Sorokê ---> Fundamento com Exú e Omulú (se veste com mariwo)
Ogum-Sogún ---> Seis meses Exú e seis meses Ogum
 ○Símbolos - Ferramentas em forma de leque, representando os 7 caminhos, e pás, ancinho, enxada, foice, picareta, martelo, espada, bigorna e todas as ferramentas de agricultura e de guerra feitas em aço e ferro. 
○Dia da semana - Terça-feira
○Dia do ano - 23 de Abril (RJ) / 20 de Janeiro (BH) 
○Sincretismo - São Jorge (RJ) / São Sebastião e Santo Antônio (BH)
○Elemento - Fogo
○Reino Vegetal - Ervas, frutas (manga espada, banana, cebola,etc), flores (crista de galo, palmas vermelhas)
○Reino Animal - Cavalo, cavalo marinho, cachorro e gavião
○Odu principal - 3 Eta Ogunda
○ Cores - Azul royal e branco
○Armas - Escudo e espada
○Cristal - Lapis Lazuli
○Kisilas (problemas com) -Alguns crustáceos, cajá e quiabo

○Saudação - Patakory Ogum
   


Ogum mata seus súditos e é transformado em orixá.


Ogum, filho de Odudua, sempre guerreava, trazendo o fruto da vitória para o reino de seu pai. Amante da liberdade das aventuras amorosas, foi com uma mulher chamada Ojá que Ogum teve seu filho Oxossi. Depois amou Oiá, Oxum e Obá, as três mulheres de seu rival, Xangô. Ogum seguiu lutando e tomou para si a coroa de Irê, que na época era composto de sete aldeias. Era conhecido como o Onirê, o rei de Irê, deixando depois o trono para seu próprio filho.
Ogum era rei de Irê, Oni Ire, Ogum Onirê. Ogum usava a coroa sem franjas chamada acorô. Por isso também era chamado de Ogum Alacorô. Conta-se que, tendo partido para a guerra, Ogum retornou a Ire depois de muito tempo. Chegou num dia em que se realizava um ritual sagrado. A cerimônia exigia a guarda do silêncio total. Ninguém podia falar com ninguém. Ninguém podia dirigir o olhar para ninguém.
Ogum sentia sede e fome, mas ninguém o atendia. Ninguém o ouvia, ninguém falava com ele. Ogum pensou que não havia sido reconhecido. Ogum sentiu-se desprezado. Depois de ter vencido a guerra, sua cidade não o recebia. Ele, o rei de Ire! Não reconhecido por sua própria gente! Humilhado e enfurecido, Ogum, com sua espada em punho, pôs a destruir tudo e a todos. Cortou a cabeça de seus súditos. Ogum lavou-se com sangue. Ogum estava vingado. Então a cerimônia religiosa terminou e com ela a imposição de silêncio foi suspensa.
Imediatamente o filho de Ogum, acompanhado por um grupo de súditos, ilustres homens salvos da matança, veio à procura do pai. Eles renderam as homenagens devidas ao rei e ao grande guerreiro Ogum. Saciaram sua fome e sua sede. Vestiram Ogum com roupas novas, cantaram e dançaram para ele. Mas Ogum estava inconsolável. Havia matado os habitantes de sua cidade. Não se dera conta das regras de uma cerimônia tão importante para todo o reino. Ogum sentia que já não podia ser o rei. E Ogum estava arrependido de sua intolerância, envergonhado por tamanha precipitação. Ogum fustigou-se dia e noite em autopunição.
Não tinha medida o seu tormento, nem havia possibilidade de autocompaixão. Ogum então enfiou sua espada no chão e num átimo de segundo a terra se abriu e ele foi tragado solo abaixo. Ogum estava no Orum, o céu dos deuses. Não era mais humano. Tornara-se um orixá.

Ogum dá aos homens o segredo do ferro.


Na Terra criada por Obatalá, em Ifé, os orixás e os seres humanos trabalhavam e viviam em igualdade. Todos caçavam e plantavam usando frágeis instrumentos feitos de madeira, pedra ou metal mole, por isso o trabalho exigia grande esforço.
Com o aumento da população de Ifé, a comida andava escassa, era necessário plantar uma área maior. Os orixás então se reuniram para decidir como fariam para remover as árvores do terreno e aumentar a área da lavoura.
Ossaim, o orixá da medicina, dispôs-se a ir primeiro e limpar o terreno, mas seu facão era de metal mole e ele não foi bem sucedido. Do mesmo modo que Ossaim, todos os outros orixás tentaram um por um e fracassaram na tarefa de limpar o terreno para o plantio.
Ogum, que conhecia o segredo do ferro, não tinha dito nada até então, quando todos os outros orixás tinham fracassado, Ogum pegou seu facão, de ferro, foi até a mata e limpou o terreno. Os orixá, admirados, perguntaram a Ogum de que material era feito tão resistente facão, Ogum respondeu que era de ferro, um segredo recebido de Orunmilá.
Os orixás invejavam Ogum pelos benefícios que o ferro trazia, não só à agricultura, mas como à caça e até mesmo à guerra. Por muito tempo os orixás importunaram Ogum para saber do segredo do ferro, mas ele mantinha o segredo só para si.
Os orixás decidiram então oferecer-lhe o reinado em troca de que ele lhes ensinasse tudo sobre aquele metal tão resistente, Ogum aceitou a proposta. Os humanos também vieram a Ogum pedir-lhe o conhecimento do ferro, e Ogum lhes deu o conhecimento da forja, até o dia em que todo caçador e todo guerreiro tiveram suas lanças de ferro.
Mas, apesar de Ogum ter aceitado o comando dos orixás, antes de mais nada ele era um caçador, certa ocasião, saiu para caçar e passou muitos dias fora numa difícil temporada, quando voltou da mata, estava sujo e maltrapilho. Os orixás não gostaram de ver seu líder naquele estado, eles o desprezaram e decidiram destituí-lo do reinado.
Ogum se decepcionou com os orixás, pois, quando precisaram dele para o segredo da forja, eles o fizeram rei e agora dizem que não era digno de governá-los, então Ogum banhou-se, vestiu-se com folhas de palmeira desfiadas, pegou suas armas e partiu, num lugar distante chamado Irê, construiu uma casa embaixo da árvore de acocô e lá permaneceu.
Os humanos que receberam de Ogum o segredo do ferro não o esqueceram. Todo mês de dezembro, celebram a festa de Iudê-Ogum. Caçadores, guerreiros, ferreiros e muitos outros fazem sacrifíciosem memória de Ogum. Ogum é o senhor do ferro para sempre.


Orixá Ocô cria a agricultura com ajuda de Ogum. 

No princípio, havia um homem que se chamava Ocô, mas Ocô não fazia nada o dia todo, não havia o que fazer, simplesmente. Quando os alimentos na Terra escassearam, Olorum encarregou Ocô de fazer plantações, que plantassem inhame, pimenta, feijão e tudo mais que os homens comem.
Ocô gostou de sua missão, ficou todo orgulhosos, mas não tinha a menor idéia de como executá-la, até que viu, debaixo de uma palmeira, um rapaz que brincava na terra, com um graveto ele revolvia a terra e cavava mais fundo, Ocô quis saber o que fazia o rapaz. “Preparando a terra para plantar, para plantar as sementes que darão as plantas”, explicou o rapaz de pele reluzente. “Que sementes, se nem plantas ainda há?”, perguntou, incrédulo, Ocô. “Nada é impossível para Olodumare”, foi a resposta.
Começaram então a cavar juntos a terra, o graveto que usavam como ferramenta quebrou-se e passaram então a usar lascas de pedra, o trabalho, entretanto, não rendia e Ocô saiu a procura de alguma maneira mais prática.
Outro dia, quando Ocô voltou sem solução, o rapaz tinha feito fogo, protegendo-o com lascas de pedra, viram então que a pedra se derretia no fogo. A pedra líquida escorria em filetes que se solidificavam. “Que ótimo instrumento para cavar!”, descobriu efusivamente o inventivo rapaz. Ele pôde então usar o fogo e fazer lâminas daquela pedra, e modelar objetos cortantes e ferramentas pontiagudas.
Ele fez a enxada, a foice e fez a faca e a espada e tudo o mais que desde então o homem faz de ferro para transformar a natureza e sobreviver. O rapaz era Ogum, o orixá do ferro. Juntos resolveram a terra e plantaram e os alimentos foram abundantes.
E a humanidade aprendeu a plantar com eles, cada família fez a sua plantação, sua fazenda, e na Terra não mais se padeceu de fome, e Ocô foi festejando como Orixá Ocô, o Orixá da Fazenda, da plantação, pois fazenda é o significado do nome Ocô.
E Ogum e Orixá Ocô foram homenageados e receberam sacrifícios como os patronos da agricultura, pois eles ensinaram o homem a plantar e assim superar a escassez de alimentos e derrotar a fome.


  Para obter uma graça qualquer
 do Orixá Ogun.



 1 inhame-do-norte cozido; arroz cru; ori-da-costa; azeite de
dendê; mel de abelhas; melado de cana; 7 pimentas ataré e gin. Amassa-se o inhame cozido e mistura-se a massa
obtida com o ori-da-costa e o arroz. Com esta massa, preparam-se, modelando-se com as mãos, 7 bolas que, depois
de prontas, serão arrumadas num alguidar de barro onde já se colocou o milho torrado. Acrescenta-se os demais
ingredientes e oferece-se a Ogun, diante de seu igbá onde deverá permanecer por sete dias. Despacha-se na mata.
- Para apaziguar Ogun. Para acalmar a ira deste Orixá, basta oferecer-lhe uma melancia aberta e regada com
melado de cana.

Para que Ogun defenda uma casa de malefícios.
 
Uma faca de aço é colocada no fogo até que fique em brasa. Quando a lâmina da faca estiver acesa, pega-se,
coloca-se em cima de Ogun e derrama-se sobre ele azeite de dendê de forma que o azeite escorra sobre a
ferramenta do Orixá. Esta faca é embrulhada em pano vermelho junto com os seguintes ingredientes: 1 fava de ataré
inteira; 7 grãos de milho torrados; sete pedacinhos de coco seco e um pouco de uáji. Envolve-se tudo, inclusive a
faca, no pano vermelho e enrola-se, bem enrolado, com linha verde e linha azul. Somente a lâmina da faca deverá
ser enrolada pelo pano e pelas linhas, o que formará uma espécie de bainha. Este fetiche deverá permanecer atrás
da porta da casa e, todas as vezes em que Ogun comer, deverá ficar junto com ele, no igbá, durante todo o tempo do
orô e enquanto durar o preceito.


Para agradar Ogun:  

Pega-se 7 ovos de codorna, unta-se com azeite de dendê, mel de abelhas e pó de efun.
Coloca-se num prato de barro, espalha-se por cima fumo de rolo desfiado e molha-se com gin. Deixa-se diante de
Ogun durante sete dias com uma vela acesa. Despacha-se na mata.
 


Para evoluir ou obter uma graça.
  Pega-se uma melancia inteira, corta-se um quadradinho em forma de
cubo (sem abrir a fruta); separa-se o cubinho; escreve-se, em papel de embrulho, o que se deseja; coloca-se o papel
no buraco feito na melancia; tapa-se o buraco com o próprio pedaço extraído dali; arreia-se nos pés de Ogun,
deixando ali por 3 dias. Durante estes três dias, acende-se uma vela e pede-se a Ogun o que se deseja. Despacha-
se na linha do trem.

 

 Para obter proteção pessoal de Ogun. 
Deixar, durante 7 dias, um coco seco dentro do assentamento de
Ogun. No sétimo dia, retira-se o coco, quebra-se, retira-se a polpa, descasca-se, rala-se, espreme-se com um pano
branco e virgem. Ao sumo obtido acrescenta-se meio litro de leite de cabra, mistura-se num recipiente com água de
chuva e água de rio (meio a meio); acrescenta-se ainda: Um copo de água de coco verde; um copo de caldo de cana;
sete colheres de mel de abelhas e sete colheres de melado de cana. Mistura-se bem, e deixa-se o recipiente diante
de Ogun, por três horas, com uma vela acesa. Depois de decorridas as três horas, toma-se banho com o líqüido

"UM FILHO DE OGUM É O MELHOR AMIGO QUE SE PODE TER E O PIOR
INIMIGO QUE SE POSSA FAZER."


sexta-feira, 18 de abril de 2014

MARIA PADILHA

MARIA PADILHA






 Nascida na Espanha Medieval teve o amor do rei Dom Pedro I de Castela, o qual foi chamado de "O CRUEL", pelo povo espanhol. Foi amante do rei, Maria de Padilha que era uma jovem muito sedutora. Viveu entre o ano de 1.300 à 1.400. Dom Pedro de Castela já estava noivo de Dona Blanca de Borbon, uma jovem pertencente a corte francesa, que foi enviada para Castela para casar-se com Dom Pedro, porque este estava já para assumir o Reinado do pai, no ano 1350. Dom Pedro I de Castela, não queria casar-se com Dona Blanca de Borbon, mais este casamento traria excelentes benefícios políticos para a corte Espanhola e Portuguesa.
Dom Pedro I de Castela era único filho do rei Afonso XVI com a rainha Dona Maria de Portugal.
Guerreiro cheio de honra e coragem vindo assumir o trono de Castela em 1.350. A cidade de Andaluzia no sul da Ibéria tornou-se capital do reino unido de Castela. Maria de Padilha foi viver no reinado de Castela como dama de companhia de D. Maria, mãe de D. Pedro I de Castela (O cruel). Padilha fez junto a uma árvore, um feitiço de amor, para conquistar o amor de seu rei ela preparou um espelho mágico vindo a fazer com que o rei se olha-se no espelho mágico sem saber que estava sendo enfeitiçado pelo poder do espelho.
O feitiço lançado ao rei pela poderosa Padilha seria eterno. Através deste feitiço, Dom Pedro se apaixonou por Padilha loucamente. Maria de Padilha e o Rei de Castela as escondidas começaram um grande caso de amor, onde sabiam que jamais seria aceito pela família e tampouco pela corte.
Maria de Padilha trabalhava na magia com um judeu cabalista e que estes a ensinou muitas magias e através destas... conseguiu dominar o Rei de Castela completamente. Ele tinha barba branca e usava um capote com desenhos de sinais poderosos da magia negra, com ele ela teria aprendido a arte da Goécia, a Magia Negra. Dom Pedro fez um castelo em Sevilha a pedido da Padilha, este castelo foi feito em estilo árabe palácio que foi construído e presenteado a Maria de Padilha pelo seu amado rei de Castela.
Então, Padilha passou a ficar como verdadeira rainha de Castela. Dom Pedro sua vinda ao castelo era secreta. Padilha mandou chamar uma bruxa de Andaluzia a qual era perseguida pela igreja, mas não se tinha provas de sua ligação com o Diabo, a qual fez um trabalho de amarração para Padilha onde o erotismo que uniu os amantes foi como um impulso sagrado. Em uma igreja havia um relicário onde em seu interior guardava uma relíquia, um cinto que diz ter pertencido a um santo.
Padilha então pensou se este cinto é poderoso, eu vou pegá-lo e assim retirou o velho cinto que estava ali. A seguir foi até o final da igreja onde havia uma tumba no qual estava sepultado um santo, aproximou-se da tumba, passou o cinto pelo ataúde, guardou-o e saiu. Pegou um pedaço de chumbo, derreteu, colocou em uma bacia com água e espiou La para dentro, em seguida pegou o chumbo e revirou-o para todos os lados por fim prendeu o chumbo ao cinto e levou o cinto ao seu amigo judeu Cabalista o qual trabalhou com fé e vigor no feitiço.
Terminado a magia mandou que Padilha colocasse esse cinto encantado no lugar onde estava o cinto que Dona Blanca dera ao marido. Depois Padilha foi ao nicho de São Crispim e orou batendo no peito como a uma penitente e depois esperou o resultado. Em frente ao bispo o cinto se moveu e transformou-se em uma cobra pronta a picar o rei, o cinto era igual ao que Dona Blanca havia dado ao rei assim Dona Blanca foi abandonada logo após o casamento e foi acusada de bruxaria onde o rei mandou executar a rainha, reafirmando assim o seu poder.
D. Blanca foi decapitada ao mando do Rei, sendo Padilha a grande responsável pela sua execução.
Maria de Padilha
de Castela, depois da morte de D. Blanca passou a viver com o Rei em seu castelo em Sevilha.
Maria Padilha morreu
antes do Rei de Castela e este fez seu velório e enterro como de uma grande rainha, a causa de sua morte foi por peste negra e foi sepultada nos jardins de seu castelo.
A entidade de Maria Padilha, mais que por castigo de Jesus e por mando do Rei das Encruzilhadas ela ainda permaneceria na terra e confins, comandando a sua quadrilha de mulheres e exus para todos os tipos de trabalhos.. Padilha castigada pelos seus pecados não pode entrar no reino dos céus, mas entrou no reino das trevas, poderosa comanda sua falange onde ensina e faz feitiços para atender a quem os invoca seu auxilio.
Dom Pedro dentre muitas mortes que ordenou consta a de seu irmão bastardo Dom Fradique mestre de Santiago de Compostela.
Dom Pedro I de Castela morreu nas terras de Montiel assassinado por outro irmão bastardo, Dom Henrique que o sucedeu no trono.
O corpo do rei deposto foi enterrado a frente da sepultura de sua Amada Rainha Padilha, onde foram construídos duas estátuas uma em frente a outra, para que mesmo na eternidade os amados nunca deixassem de olhar um pelo outro.

SALVE MARIA PADILHA.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Intolerância religiosa Terreiro de Pai Dedo é queimado cruelmente

  Mais um caso  de intolerância religiosa.

 

Alexandre L`Omi L`Odó, membro do Comitê Nacional de Respeito á Diversidade Religiosa, em nota divulgada em rede social mostra sua indignação com fato ocorrido na cidade de Goiana.

"Divulgo com muito pesar as fotografias tiradas por mim hoje (05/04/2014) no Terreiro de Pai Dedo no município de Goiana/PE. Seu terreiro foi queimado cruelmente, em um ato de racismo e intolerância religiosa por vândalos que destruíram imagens, objetos pessoais e sagrados. A situação do terreiro é alarmante.

Como membro do Comitê Nacional de Respeito à Diversidade Religiosa, saí de Recife para oferecer algum suporte ao juremeiro e babalorixá Pai Dedo, no intuito de compreender o que havia ocorrido em seu templo. Conversamos bastante e ele expôs toda questão e nos apresentou o contexto deste crime. Foi feito um B.O. e a Polícia Militar está encaminhando os processos com empenho. A Capitã Lúcia Salgueiro, foi comunicada no momento que estivemos lá e a coloquei em contato direto com ele, ajudando a apressar os processos de sindicância do caso.

Espero que este caso não seja mais um entre tantos que o Estado Brasileiro não dá suporte devido e nem ajuda a resolver as questões envolvidas. Convoco todo povo de terreiro do Brasil para rediscutir este tema recorrente entre nós, e que estas imagens sejam compartilhadas por todos e todas que desejam ajudar na luta contra crimes desta qualidade.

Estou chocado com o que vi. E fiquei muito feliz com a fé de Pai Dedo, que mesmo tendo seu patrimônio destruído, estava firme em sua fé na Jurema.

Um fato impressionante foi que a mesa sagrada da Jurema não foi queimada. Mesmo envolta de fogo, sequer o pano que a cobria foi queimado. Os assentamentos dos mestres e mestras, os troncos de Jurema etc. Tudo cheio de pó do incêndio, mas inteiros e firmados. Isso nos fortaleceu na esperança de saber que nossos encantados estão ao nosso lado. Vamos a luta.

Marga Janete Ströher, vamos ativar a SDH da Presidência para tomar as devidas providências. Já orientei ele para ligar ao DISK 100 e ele hoje ainda irá ligar.

Salve a fumaça! O trabalho do Quilombo Cultural Malunguinho está firme e continua com força e fé! Sobô nirê!"

Fonte: Facebook








Eu fico muito triste em ver coisa como essa,
em saber que tem pessoas que pratica esses tipos de vadalismo e agreção a cultura religiosas diferentes das delas.
E importantes que as pessoas entenda que não somos iguais temos opção de escolha, qual religião vamos  seguir e qual rumo vamos tomar na vida.
 
 Eu não quero tolerância religiosa eu quero e exijo respeito!

 
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sábado, 12 de abril de 2014

Maria Mulambo a Deusa encantada

MARIA MULAMBO  

Sua lenda diz que Maria Mulambo nasceu em berço de ouro, cercada de luxo. Seus pais não eram reis, mas faziam parte da
corte no pequeno reinado. Maria cresceu sempre bonita e delicada. Com seus trejeitos, sempre foi chamada de princesinha, mas não
o era. Aos 15 anos, foi pedida em casamento pelo rei, para casar-se com seu filho de 40 anos.
Foi um casamento sem amor, apenas para que as famílias se unissem e a fortuna aumentasse. Os anos se passavam e
Maria não engravidava. O reino precisava de um outro sucessor ao trono. Maria amargava a dor, além de manter um casamento sem
amor, ser chamada de árvore que não dá frutos; e nesta época, toda mulher que não tinha filhos era tida como amaldiçoada.
Paralelamente a isso tudo, a nossa Maria era uma mulher que praticava a caridade, indo ela mesma aos povoados pobres do
reino, ajudar aos doentes e necessitados. Nessas suas idas aos locais mais pobres, conheceu um jovem, apenas dois anos mais
velho que ela, que havia ficado viúvo e tinha três filhos pequenos, dos quais cuidava como todo amor. Foi amor à primeira vista, de
ambas as partes, só que nenhum dos dois tinha coragem de aceitar esse amor. O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria declarada
rainha daquele pequeno país.
O povo adorava Maria, mas alguns a viam com olhar de inveja e criticavam Maria por não poder engravidar. No dia da coroação
os pobres súditos não tinham o que oferecer a Maria, que era tão bondosa com eles. Então fizeram um tapete de flores para que
Maria passasse por cima. A nossa Maria se emocionou; seu marido, o rei, morreu de inveja e ao chegar ao castelo trancou Maria no
quarto e deu-lhe a primeira das inúmeras surras que ele lhe aplicaria. Bastava ele beber um pouquinho e Maria sofria com suas
agressões verbais, tapas, socos e pontapés. Mesmo machucada, nossa Maria não parou de ir aos povoados pobres praticar a caridade.
Num destes dias, o amado de Maria, ao vê-la com tantas marcas, resolveu declarar seu amor e propôs que fugissem, para viverem
realmente seu grande amor. Combinaram tudo. Os pais do rapaz tomariam conta de seus filhos até que a situação se acalmasse e ele
pudesse reconstruir a família. Maria fugiu com seu amor apenas com a roupa do corpo, deixando ouro e jóias para trás.
O rei no princípio mandou procurá-la, mas, como não a encontrou, desistiu. Maria agora não se vestia com luxo e riquezas,
agora vestia roupas humildes que, de tão surradas, pareciam mulambos; só que ela era feliz. E engravidou. A notícia correu todo o
país e chegou aos ouvidos do rei. O rei se desesperou em saber que ele é que era uma árvore que não dá frutos. A loucura tomou
conta dele ao saber que era estéril e, como rei, ele achava que isso não podia acontecer. Ele tinha que limpar seu nome e sua honra.
Mandou seus guardas prenderem Maria, que de rainha passou a ser chamada de Maria Mulambo, não como deboche mas, sim, pelo
fato de ela agora pertencer ao povo. Ordenou aos guardas que amarrassem duas pedras aos pés de Maria e que a jogassem na parte
mais funda do rio. O povo não soube, somente os guardas; só que 7 dias após esse crime, às margens do rio, no local onde Maria foi
morta, começaram a nascer flores que nunca ali haviam nascido. os peixes do rio somente eram pescados naquele local, onde só
faltavam pular fora d’água. Seu amado desconfiou e mergulhou no rio, procurando o corpo de Maria; e o encontrou.
Mesmo depois de estar tantos dias mergulhado na água, o corpo estava intacto; parecia que ia voltar à vida. os mulambos com
que Maria foi jogada ao rio sumiram. Sua roupa era de rainha. Jóias cobriam seu corpo. Velaram seu corpo inerte e, como era de
costume, fizeram uma cerimônia digna de uma rainha e cremaram seu corpo. O rei enlouqueceu. Seu amado nunca mais se casou,
cultuando-a por toda a vida, à espera de poder encontrá-la de novo. À espera de poder reencontrar sua Maria. No dia em que ele
morreu e reencontrou Maria, o céu se fez do azul mais límpido e teve início a primavera.

Falangem de Maria Mulambo

Maria Mulambo
Maria Mulambo da Calunga
Maria Mulambo da Encruzilhada
Maria Mulambo da Estrada
Maria Mulambo das Almas
Maria Mulambo das Sete Encruzilhadas
Maria Mulambo do Cabaré
Maria Mulambo do Cruzeiro
Maria Mulambo do Lôdo

sábado, 5 de abril de 2014

“ORAÇÃO PARA FECHAR O CORPO CONTRA INIMIGOS”

ORAÇÃO DO JUSTO JUIZ


''Antiga Oração dos Feiticeiros para Fechar O Corpo''
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Justo Juiz de Nazaré, Filho da Virgem Maria, que em Belém fostes nascido entre as idolatrias, eu vos peço, Senhor: pelo vosso sexto dia e pelo amor de meu Padim Ciço, que meu corpo não seja preso, nem ferido, nem morto, nem nas mãos da justiça envolto.
"Pax tecum! Pax tecum! Pax tecum!"
Cristo assim disse aos seus discípulos:
"Se os meus inimigos vierem para me prender, terão olhos, mas não verão!
Terão ouvidos, mas não ouvirão!
Terão bocas, mas não me falarão!"
Com as armas de São Jorge, serei armado;
com a espada de Abraão, serei coberto;
com o leite da Virgem Maria, serei borrifado;
na arca de Noé, serei arrecadado;
com a chave de São Pedro, serei fechado onde não me possam ver,
nem ferir, nem matar, nem o sangue do meu corpo possam tirar!
Também vos peço, Senhor, por aqueles Três Cálices Bentos, por aqueles Três Padres Revestidos, por aquelas Três Hóstias Consagradas que consagrastes ao terceiro dia, desde as portas de Belém até Jerusalém; e pelo meu Santo Juazeiro que, com prazer e alegria, eu seja também guardado de noite como também de dia, assim como andou Jesus no ventre da Virgem Maria.
Deus adiante, paz na guia!
Deus me dê a companhia que sempre deu à Virgem Maria, desde a Casa Santa de Belém até Jerusalém.
Deus é meu Pai; Nossa Senhora das Dores, minha Mãe!
Com as armas de São Jorge, serei armado;
com a espada de São Tiago, serei guardado para sempre!
Amém!

 São Cipriano

   Oração das sete forças do credo—
Salvo estou,salvo estarei,salvo entrei,salvo sairei,são e salvo como entrou nosso Senhor Jesus Cristo no Rio Jordão com S.João Baptista.
Na protecção de São Cipriano eu entro,com a chave do senhor São Pedro eu me tranco.
A São Cipriano eu me entrego,com as três palavras do credo Deus me fecha.
Deus na frente,paz na guia,que Deus seja minha companhia,o Divino Espírito Santo ilumine os meus caminhos,me livrando de todo o mal e inimigos que possam se opor no meu caminho,que as sete forças do credo fechem o meu corpo. São Cipriano é a minha trindade para sempre.
Amém.



Oração para fechamento e protecção do corpo

Chagas abertas, sagrado coração todo amor e bondade, o sangue do meu Senhor Jesus Cristo, no meu corpo se derrame.
Hoje e sempre eu andarei vestido e armado com as armas de S. Jorge, para que os meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem em pensamento possam me fazer mal.
As armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão quando ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo me proteja com o poder de sua santa e divina Graça. Virgem Maria de Nazaré me cubra com o seu sagrado e divino manto, protegendo?me em todas as minhas dores e aflições.
Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja o meu defensor contra as maldades e perseguição dos meus inimigos.
Ó Glorioso S. Jorge, em nome de Maria de Nazaré, em nome da falange do divino Espírito Santo, proteja?me com o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo?me com a sua força e a sua grandeza, do poder dos meus inimigos carnais e espirituais e de todas as suas más influências; e debaixo das patas do seu fiel cavalo, os meus inimigos fiquem humildes e submissos a Vós sem se atreverem a ter um olhar sequer, que me possa prejudicar.
Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do divino Espírito Santo.

Rezar um Pai Nosso e uma Avé Maria.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Tranca Ruas das almas

Tranca Ruas das almas ,seu nome foi Geraldo,mais a alguns dias descobri seu sobrenome Branco Compostella ,bem Tranca ruas não foi de fato um médico como se diz nas letras de seus pontos ,ele foi na verdade uma especie de curandeiro,sua especialidade era a extração de dentes,trabalhava com ervas virgens e em especial com cascas de uma arvore que tinha proximo ao seu castelo,era um homem muito rico nascido em berço de ouro.

Geraldo quando jovem ,tinha vontade de se tornar um padre em um mosteiro em sua cidade(Galícia ,na Espanha) ,todo esse sonho foi interrompido durante uma missa cujo qual ficou em seu pensamento um distinta senhora que havia ído se confessar.

Ele passou então a frenquentar a todas as missas ,tentando desesperadamente encontrar essa mulher,depois de um mês quando estava na ante sala da igreja ele ouviu uma voz suave chamando pelo padre ,e para sua surpresa era a tal mulher.

Sem pensar em nada fingiu ser o padre ,a mulher então beijou lhe a mão e pediu para que ele lhe perdoasse seus pecados,ela disse a ele que a bruxaria fazia parte de sua vida e nada poderia fazer para afasta-la de seus caminhos e que estava saindo daquela cidade por que temia que a inquisição a julgasse,nesse mesmo momento Geraldo se calou e disse a  mulher ,desde que te vi pelas missas não consigo pensar em outra coisa a não ser voce,não sei se estou enfeitiçado ,mais o que sinto é mais que o suficiente,e se voce vai sair desta cidade que seja comigo.

Geraldo voltou a seu castelo,vendeu todos os seus bens e nunca mais voltou a cidade de galicia,ele foi morar com Maria e começou a se envolver demais com os segredos do oculto,logo Geraldo passou a se tornar um mestre na arte de enfeitiçar,e passou para o lado da magia negra,com medo de perder Maria, geraldo celou um pacto com o diabo para que a mesma fosse para sempre sua e de nenhum outro homem.

Sua alma passou a ser do diabo,que cobrava cada vez mais pelo seu feito,alguns anos se passaram e Maria adoeceu,nenhum feitiço era capaz de lhe devolver a  saúde,Geraldo desesperado pensando perder sua amada mais uma vez recorreu ao diabo,porem disse a ele ,que se fizesse o que ele queria seu preço seria cobrado apos a  morte de Maria ,Geraldo sem pensar aceitou,na manhã seguinte Maria se levantou e nada mais tinha ,ela viveu intensamente somente mais três dias ,falecendo queimada por uma vela que incendiou todo o casebre.

Por culpa de Geraldo ,Maria não conseguia descansar em paz,seu espirito ficou perdido junto com as almas sem luz,e Geraldo dedicou seus últimos dias a buscar um jeito de livrar a alma de sua amada,ele morreu logo depois de desgosto,e o diabo levou sua alma ,após sua passagem tornou se o guardião das almas sem luz que tentam se livrar dos caminhos escuros ,por isso seu nome tranca rua das almas.hoje sua missão é levar ajuda a quem esta perdido,e ele tambem guarda os espirítos zombeteiros afim de que paguem seus pecados,para voltarem ,reencarnarem.essa é a historia de tranca rua das almas.

Patrimônio da Umbanda perdido;

Casa onde foi fundada a Umbanda, em São Gonçalo, será demolida esta semana. 

MATERIA DO JORNAL EXTRA 07/10/2011 

http://extra.globo.com/noticias/religiao-e-fe/casa-onde-foi-fundada-umbanda-em-sao-goncalo-sera-demolida-esta-semana-2682118.html







Memória prestes a virar pó: casa dará lugar à loja e depósito
 
Memória prestes a virar pó: casa dará lugar à loja e depósito.
A estrutura metálica já está pronta para receber o telhado do novo galpão que vai ocupar o número 30 da Rua Floriano Peixoto, em Neves, São Gonçalo. Dentro do terreno, uma casinha centenária aguarda a demolição marcada, segundo o proprietário, ainda para esta semana. Poderia ser uma simples obra, não fosse um detalhe: a casa rosa, com a pintura já castigada pelos anos, é a última testemunha do nascimento da umbanda.
Foi no imóvel — que ocupava o centro de uma chácara, no início do século 20 —, que Zélio Fernandino de Moraes, então com 17 anos, dirigiu a primeira sessão da religião. Era 16 de novembro de 1908. A umbanda é a única manifestação religiosa 100% brasileira.
— A demolição nos deixa muito decepcionados, pois perdemos uma referência da chegada da mensagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas — diz Pedro Miranda, presidente da União Espiritista de Umbanda do Brasil, em referência à entidade que orientou Zélio a fundar a religião.

Espíritos tristes

A notícia também surpeendeu a mãe de santo Lucília Guimarães, do terreiro do Pai Maneco, em Curitiba, Paraná. Na década de 1990, ela veio ao Rio para pesquisar as origens da religião.
— Imagino que até os espíritos estejam tristes. É uma pena — lamenta ela.
Há mais de cem anos com a família de Zélio, o imóvel onde surgiu a umbanda foi vendido recentemente para o militar Wanderley da Silva, de 65 anos, que pretende transformar o local em um depósito e uma loja.
— Eu nunca soube que a casa tinha essa história. Mas agora já comprei, investi, não posso deixar de demolir — explica-se.
Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), nunca houve um pedido de tombamento do imóvel. A antiga casa de Zélio também não é protegida pelo governo estadual ou pela Prefeitura de São Gonçalo.
De acordo com a última avaliação do IBGE, feita no Censo 2000, o Brasil tem quase 400 mil umbandistas. A religião está em todos os estados do país e também no Uruguai, Paraguai, Argentina, Portugal, Espanha e Japão.

‘Tudo acabou’

O terreiro de Zélio de Moraes — que recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade — funcionou por pouco anos em São Gonçalo. Os primeiros umbandistas mudaram-se logo para o Rio de Janeiro.
Primeiro, o centro funcionou na Rua Borja Castro, na Praça Quinze. A rua foi extinta, na década de 1950, para a construção da Perimetral. Dali, foram para a Avenida Presidente Vargas. O imóvel também foi demolido, dessa vez para dar lugar ao Terminal Rodoviário da Central do Brasil.
Uma nova mudança e mais uma demolição. A casa 59 da Rua Dom Gerardo, em frente ao mosteiro de São Bento, virou um estacionamento.
— Tudo acabou, eram prédios muito antigos. Lamento que o último registro também vai desaparecer. Mas o mais importante é que os ensinamentos do meu avô se perpetuem — pediu a neta de Zélio, Lygia Cunha, que hoje preside a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade. O terreiro agora funciona em uma sede própria, em Cachoeiras de Macacu, no interior do estado.

Capela de São Pedro

Antes de ser vendida, a casa onde nasceu a Umbanda abrigou uma capela católica. A última moradora do imóvel, uma descendente de Zélio que é muito católica, cedeu o espaço para os devotos. Quem administra a igrejinha — que também mudou de endereço — é dona Geraldina dos Santos, de 74 anos.
— Não tenho preconceito, não. Todos somos filhos de Deus. Se a religião nasceu lá, a casa devia ser preservada. É importante — disse 


Umbanda é o retrato do Brasil, diz pastor.


A umbanda é um retrato da alma brasileira, e seu patrimônio deve ser muito bem cuidado porque é parte da riqueza cultural do Brasil. Essa é a opinião do teólogo e pastor presbiteriano da Igreja Reformada Ecumênica, Alexandre Marques:
— A umbanda é uma religião de profunda tolerância por ser, sobretudo, ecumênica. Em seus templos, há imagens de Jesus, respeito à Bíblia, às tradições do Nordeste. É uma religião que consegue congregar elementos diversos, justamente porque representa um retrato da alma brasileira. Nosso povo é profundamente mestiço e congregador.
Lição de democracia
Para o pastor, o respeito às tradições e a capacidade de diálogo e tolerância com as religiões são atos que preservam o espírito democrático do país inteiro:
— Todo o patrimônio religioso deve ser respeitado como monumento. Cada templo é uma referência porque mostra raízes distintas, mas que enriquecem o povo inteiro. Seja um centro espírita, uma catedral católica, uma igreja evangélica, um terreiro de candomblé.

História da Umbanda.

Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de abril de 1891, no distrito de Neves, município de São Gonçalo - Rio de Janeiro. Aos dezessete anos, quando estava se preparando para servir as Forças Armadas através da Marinha, aconteceu um fato curioso: começou a falar em tom manso e com um sotaque diferente da sua região, parecendo um senhor com bastante idade.
A princípio, a família achou que houvesse algum distúrbio mental e o encaminhou ao seu tio, Dr. Epaminondas de Moraes, Diretor do Hospício de Vargem. Após alguns dias de observação e não encontrando os seus sintomas em nenhuma literatura médica, sugeriu à família que o encaminhassem a um padre para que fosse feito um ritual de exorcismo, pois desconfiava que seu sobrinho estivesse possuído pelo demônio. Procuraram, então, também um padre da família que após fazer ritual de exorcismo não conseguiu nenhum resultado.
Tempos depois Zélio foi acometido por uma estranha paralisia, para o qual os médicos não conseguiram encontrar a cura. Passado algum tempo, num ato surpreendente Zélio ergueu-se do seu leito e declarou: "Amanhã estarei curado". No dia seguinte começou a andar como se nada tivesse acontecido. Nenhum médico soube explicar como se deu a sua recuperação. Sua mãe, D. Leonor de Moraes, levou Zélio a uma curandeira chamada D. Cândida, figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado Tio Antônio.
Tio Antônio recebeu o rapaz e fazendo as suas rezas lhe disse que possuía o fenômeno da mediunidade e deveria trabalhar com a caridade. O Pai de Zélio de Moraes, Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não freqüentar nenhum centro espírita , já era um adepto do espiritismo, praticante do hábito da leitura de literatura espírita . No dia 15 de novembro de 1908, por sugestão de um amigo de seu pai, Zélio foi levado a Federação Espírita de Niterói. Chegando na Federação e  convidados por José de Souza, dirigente daquela Instituição, sentaram-se à mesa. Logo em seguida, contrariando as normas do culto realizado, Zélio levantou-se e disse que ali faltava uma flor. Foi até o jardim apanhou uma rosa branca e colocou-a no centro da mesa onde realizava-se o trabalho.
Tendo-se iniciado uma estranha confusão no local, ele incorporou um espírito e simultaneamente diversos médiuns presentes apresentaram incorporações de caboclos e pretos velhos. Advertidos pelo dirigente do trabalho, a entidade incorporada no rapaz perguntou:
" Por que repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens? Seria por causa de suas origens sociais e da cor?"
Após um vidente ver a luz que o espírito irradiava perguntou:
" Por que o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados? Por que fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome meu irmão?"
Ele responde:
Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim."
O vidente ainda pergunta:
" Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto?"
Novamente ele responde;
Colocarei uma condessa em cada colina que atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei."
Depois de algum tempo todos ficaram sabendo que o jesuíta que o médium verificou pelos resquícios de sua veste no espírito, em sua última encarnação foi o Padre Gabriel Malagrida.
No dia 16 de novembro de 1908, na rua Floriano Peixoto, 30 · Neves · São Gonçalo · RJ, aproximando-se das 20:00 horas, estavam presentes os membros da Federação Espírita , parentes, amigos e vizinhos e do lado de fora uma multidão de desconhecidos. Pontualmente às 20:00 horas o Caboclo das Sete Encruzilhadas desceu e usando as seguintes palavras iniciou o culto:
Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria, e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A prática da caridade no sentido do amor fraterno será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo".
Após estabelecer as normas que seriam utilizadas no culto e com sessões diárias das 20:00 às 22:00 horas, determinou que os participantes deveriam estar vestidos de branco e o atendimento a todos seria gratuito. Disse também que estava nascendo uma nova religião e que chamaria Umbanda. O grupo que acabara de ser fundado recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse as seguintes palavras:
Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela recorrerem as horas de aflição; todas as entidades serão ouvidas, e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai".
Ainda respondeu perguntas de sacerdotes que ali se encontravam em latim e alemão. Caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que havia neste local, praticando suas curas. Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras: "- Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá". Após insistência dos presentes fala:
Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nêgo".
Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:
Minha caximba, nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque buscá".
Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de"Guia de Pai Antonio".
No outro dia formou-se verdadeira romaria em frente a casa da família Moraes. Cegos, paralíticos e médiuns que eram dado como loucos foram curados. A partir destes fatos fundou-se a Corrente Astral de Umbanda. Após algum tempo manifestou-se um espírito com o nome de Orixá Malé, este responsável por desmanchar trabalhos de baixa magia, espírito que, quando em demanda era agitado e sábio destruindo as energias maléficas dos que lhe procuravam.
Dez anos depois, em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas, recebendo ordens do astral, fundou sete tendas para a propagação da Umbanda, sendo elas as seguintes:
  • Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia
  • Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição
  • Tenda Espírita Santa Bárbara
  • Tenda Espírita São Pedro
  • Tenda Espírita Oxalá
  • Tenda Espírita São Jorge
  • Tenda Espírita São Jerônimo
As sete linhas que foram ditadas para a formação da Umbanda são: Oxalá, Iemanjá, Ogum, Iansã, Xangô, Oxossi e Exu. Enquanto Zélio estava encarnado, foram fundadas mais de 10.000 tendas a partir das acima mencionadas. Zélio nunca usou como profissão a mediunidade, sempre trabalhou para sustentar sua família e muitas vezes manter os templos que o Caboclo fundou, além das pessoas que se hospedavam em sua casa para os tratamentos espirituais, que segundo o que dizem parecia um albergue. Nunca aceitar a ajuda monetária de ninguém era ordem do seu guia chefe, apesar de inúmeras vezes isto ser oferecido a ele. O ritual sempre foi simples.
Nunca foi permitido sacrifícios de animais. Não utilizavam atabaques ou qualquer outros objetos e adereços. Os atabaques começaram a ser usados com o passar do tempo por algumas das Tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, mas a Tenda Nossa Senhora da Piedade não utiliza em seu ritual até hoje. As guias usadas eram apenas as determinadas pelas entidades que se manifestavam. A preparação dos médiuns era feita através de banhos de ervas e do ritual do amaci, isto é, a lavagem de cabeça onde os filhos de Umbanda fazem a ligação com a vibração dos seus guias.
Após 55 anos de atividade, entregou a direção dos trabalhos da Tenda Nossa Senhora da Piedade a suas filhas Zélia e Zilméia, as quais até hoje os dirigem.
Mais tarde, junto com sua esposa Maria Isabel de Moraes, médium ativa da Tenda e aparelho do Caboclo Roxo, fundaram a Cabana de Pai Antonio no distrito de Boca do Mato, Cachoeira do Macacú·RJ. Eles dirigiram os trabalhos enquanto a saúde de Zélio permitiu. Faleceu aos 84 anos, no dia 03 de outubro de 1975.
Dia 16 de setembro de 2010, faleceu Dona Zilméia de Moraes, a única dos quatro filhos de Zélio de Moraes, fundador da Umbanda, que ainda estava encarnada. Fica mais órfã a Umbanda a partir de agora. Deixamos aqui nossa homenagem a essa querida e doce mãe de santo. Saravá!

domingo, 23 de março de 2014

Ogum Já


E uma das qualidades mais polêmicas é Ogun Já, ou Ogun Ajá, Aquele que come cão. O próprio nome já diz um pouco sobre o porquê da discussão. Algumas itãns nos contam que ele seria filho de Yemonjá e Oxaguiã, desde cedo demonstrava temperamento forte e explosivo e na África é oferecido a esse orixá o cão como sacrifício, porém devemos entender que é o cão selvagem, que apesar de ser da família do nosso cão domestico, não é a mesma coisa e não critico quem fique horrorizado com isso, afinal o “cãozinho” é o animal de estimação mais comum no Brasil, alias em quase todos os países de origem européia. E cultura é cultura, não podemos discutir isso.

Existe dois pontos de vista sobre essa questão, muitos zeladores, dizem que não devemos iniciar ninguém nesse orixá, pois não temos material para fazê-lo, e que isso acarreta uma espécie de cobrança dessa energia, pois quando invocamos um determinado orixá, devemos ter ciência de como ele é cultuado originalmente, nisso eu concordo, porém se pensarmos por esse ponto de vista, não iniciariamos ninguém, pois como você inicia alguém de Yemonjá, sem a água do rio Ogun? Ou alguém de Xangô sem um otá de Oyó? É complicado quando falamos desse assunto, hoje temos como comprar produtos importados da África, mas e a trinta anos? Como eram feitas. Mas continuando falando sobre Ogun Já, sua cor é o azul e o verde, que representação o ferro e o mariwó. Seu espaço é caracterizado pelas estradas de terra estreitas e retas e tem relações estreitas com Oxaguiã Ajagunã.

sábado, 22 de março de 2014

AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OGUM


Não é difícil reconhecer um filho de Ogum. Tem um comportamento extremamente coerente, arrebatado e passional, aonde as explosões, a obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o prazer com os amigos e com o sexo oposto. São conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, conseqüentemente apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade. Um trabalho que exija rotina, tornará um filho de Ogum um desajustado e amargo. São apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta; a coragem é muito grande.
Os filhos de Ogum custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções. São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.
São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se quando vêem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas idéias e opiniões, desde que sejam coerentes e precisas.
As pessoas de Ogum são práticas e inquietas, nunca “falam por trás” de alguém, não gostam de traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos.
Nenhum filho de Ogum nasce equilibrado. Seu temperamento, difícil e rebelde, o torna, desde a infância, quase um desajustado. Entretanto, como não depende de ninguém para vencer suas dificuldades, com o crescimento vai se libertando e acomodando-se às suas necessidades. Quando os filhos de Ogum conseguem equilibrar seu gênio impulsivo com sua garra, a vida lhe fica bem mais fácil. Se ele conseguisse esperar ao menos 24 hs. para decidir, evitaria muitos revezes, muito embora, por mais incrível que pareça, são calculistas e estrategistas. Contar até 10 antes de deixar explodir sua zanga, também lhe evitaria muitos remorsos. Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre, seja pelo caminho que for, será sempre um Vencedor.
A sua impaciência é marcante. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem se preocupar como vai terminar e nem quando. Está sempre em busca do considerado o impossível. Ama o desafio. Não recusa luta e quanto maior o obstáculo mais desperta a garra para ultrapassá-lo. Como os soldados que conquistavam cidades e depois a largavam para seguir em novas conquistas, os filhos de Ogum perseguem tenazmente um objetivo: quando o atinge, imediatamente o larga e parte em procura de outro. É insaciável em suas próprias conquistas. Não admite a injustiça e costuma proteger os mais fracos, assumindo integralmente a situação daquele que quer proteger. Sabe mandar sem nenhum constrangimento e ao mesmo tempo sabe ser mandado, desde que não seja desrespeitado. Adapta-se facilmente em qualquer lugar. Come para viver, não fazendo questão da qualidade ou paladar da comida. Por ser Ogum o Orixá do Ferro e do Fogo seu filho gosta muito de armas, facas, espadas e das coisas feitas em ferro ou latão. É franco, muitas vezes até com assustadora agressividade. Não faz rodeio para dizer as coisas. Não admite a fraqueza e a falta de garra.
Têm um grave conceito de honra, sendo incapazes de perdoar as ofensas sérias de que são vítimas. São desgarrados materialmente de qualquer coisa, pessoas curiosas e resistentes, tendo grande capacidade de se concentrar num objetivo a ser conquistado, persistentes, extraordinária coragem, franqueza absoluta chegando à arrogância. Quando não estão presos a acessos de raiva, são grandes amigos e companheiros para todas as horas.
É pessoa de tipo esguio e procura sempre manter-se bem fisicamente. Adora o esporte e está sempre agitado e em movimento, tendem a ser musculosos e atléticos, principalmente na juventude, tendo grande energia nervosa que necessita ser descarregadas em qualquer atividade que não implique em desgastes físicos.
Sua vida amorosa tende a ser muito variada, sem grandes ligações perenes, mas sim superficiais e rápidas.
CARACTERÍSTICAS
CorVermelha (Azul Rei) (Em algumas casas também o Azul)
Fio de ContasContas e Firmas Vermelhas Leitosas
ErvasPeregum(verde), São Gonçalinho, Quitoco, Mariô, Lança de Ogum, Coroa de Ogum, Espada de Ogum, Canela de Macaco, Erva Grossa, Parietária, Nutamba, Alfavaquinha, Bredo, Cipó Chumbo.(Em algumas casas: Aroeira, Pata de Vaca, Carqueja, Losna, Comigo Ninguém Pode, Folhas de Romã, Flecha de Ogum, Cinco Folhas, Macaé, Folhas de Jurubeba)
SímboloEspada. (Também, em algumas casas: ferramentas, ferradura, lança e escudo)
Pontos da NaturezaEstradas e Caminhos (Estradas de Ferro). O Meio da encruzilhada pertence a Ogum.
FloresCrista de Galo, cravos  e palmas vermelhas.
EssênciasVioleta
PedrasGranada, Rubi, Sardio. (Em algumas casas: Lápis-Lazúli, Topázio Azul)
MetalFerro (Aço e Manganês).
SaúdeCoração e Glândulas Endócrinas
PlanetaMarte
Dia da SemanaTerça-Feira
ElementoFogo
ChakraUmbilical
SaudaçãoOgum Iê
BebidaCerveja Branca
AnimaisCachorro, galo vermelho
ComidasCará, feijão mulatinho com camarão e dendê. Manga Espada
Numero2
Data Comemorativa23 de Abril (13 de Junho)
SincretismoSão Jorge. (Santo Antônio na Bahia)
Incompatibilidades:Quiabo
QualidadesTisalê, Xoroquê, Ogunjá, Onirê, Alagbede, Omini, Wari, Erotondo, Akoro Onigbe.