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domingo, 23 de março de 2014

Ogum Já


E uma das qualidades mais polêmicas é Ogun Já, ou Ogun Ajá, Aquele que come cão. O próprio nome já diz um pouco sobre o porquê da discussão. Algumas itãns nos contam que ele seria filho de Yemonjá e Oxaguiã, desde cedo demonstrava temperamento forte e explosivo e na África é oferecido a esse orixá o cão como sacrifício, porém devemos entender que é o cão selvagem, que apesar de ser da família do nosso cão domestico, não é a mesma coisa e não critico quem fique horrorizado com isso, afinal o “cãozinho” é o animal de estimação mais comum no Brasil, alias em quase todos os países de origem européia. E cultura é cultura, não podemos discutir isso.

Existe dois pontos de vista sobre essa questão, muitos zeladores, dizem que não devemos iniciar ninguém nesse orixá, pois não temos material para fazê-lo, e que isso acarreta uma espécie de cobrança dessa energia, pois quando invocamos um determinado orixá, devemos ter ciência de como ele é cultuado originalmente, nisso eu concordo, porém se pensarmos por esse ponto de vista, não iniciariamos ninguém, pois como você inicia alguém de Yemonjá, sem a água do rio Ogun? Ou alguém de Xangô sem um otá de Oyó? É complicado quando falamos desse assunto, hoje temos como comprar produtos importados da África, mas e a trinta anos? Como eram feitas. Mas continuando falando sobre Ogun Já, sua cor é o azul e o verde, que representação o ferro e o mariwó. Seu espaço é caracterizado pelas estradas de terra estreitas e retas e tem relações estreitas com Oxaguiã Ajagunã.

sábado, 22 de março de 2014

AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OGUM


Não é difícil reconhecer um filho de Ogum. Tem um comportamento extremamente coerente, arrebatado e passional, aonde as explosões, a obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o prazer com os amigos e com o sexo oposto. São conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, conseqüentemente apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade. Um trabalho que exija rotina, tornará um filho de Ogum um desajustado e amargo. São apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta; a coragem é muito grande.
Os filhos de Ogum custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções. São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.
São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se quando vêem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas idéias e opiniões, desde que sejam coerentes e precisas.
As pessoas de Ogum são práticas e inquietas, nunca “falam por trás” de alguém, não gostam de traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos.
Nenhum filho de Ogum nasce equilibrado. Seu temperamento, difícil e rebelde, o torna, desde a infância, quase um desajustado. Entretanto, como não depende de ninguém para vencer suas dificuldades, com o crescimento vai se libertando e acomodando-se às suas necessidades. Quando os filhos de Ogum conseguem equilibrar seu gênio impulsivo com sua garra, a vida lhe fica bem mais fácil. Se ele conseguisse esperar ao menos 24 hs. para decidir, evitaria muitos revezes, muito embora, por mais incrível que pareça, são calculistas e estrategistas. Contar até 10 antes de deixar explodir sua zanga, também lhe evitaria muitos remorsos. Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre, seja pelo caminho que for, será sempre um Vencedor.
A sua impaciência é marcante. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem se preocupar como vai terminar e nem quando. Está sempre em busca do considerado o impossível. Ama o desafio. Não recusa luta e quanto maior o obstáculo mais desperta a garra para ultrapassá-lo. Como os soldados que conquistavam cidades e depois a largavam para seguir em novas conquistas, os filhos de Ogum perseguem tenazmente um objetivo: quando o atinge, imediatamente o larga e parte em procura de outro. É insaciável em suas próprias conquistas. Não admite a injustiça e costuma proteger os mais fracos, assumindo integralmente a situação daquele que quer proteger. Sabe mandar sem nenhum constrangimento e ao mesmo tempo sabe ser mandado, desde que não seja desrespeitado. Adapta-se facilmente em qualquer lugar. Come para viver, não fazendo questão da qualidade ou paladar da comida. Por ser Ogum o Orixá do Ferro e do Fogo seu filho gosta muito de armas, facas, espadas e das coisas feitas em ferro ou latão. É franco, muitas vezes até com assustadora agressividade. Não faz rodeio para dizer as coisas. Não admite a fraqueza e a falta de garra.
Têm um grave conceito de honra, sendo incapazes de perdoar as ofensas sérias de que são vítimas. São desgarrados materialmente de qualquer coisa, pessoas curiosas e resistentes, tendo grande capacidade de se concentrar num objetivo a ser conquistado, persistentes, extraordinária coragem, franqueza absoluta chegando à arrogância. Quando não estão presos a acessos de raiva, são grandes amigos e companheiros para todas as horas.
É pessoa de tipo esguio e procura sempre manter-se bem fisicamente. Adora o esporte e está sempre agitado e em movimento, tendem a ser musculosos e atléticos, principalmente na juventude, tendo grande energia nervosa que necessita ser descarregadas em qualquer atividade que não implique em desgastes físicos.
Sua vida amorosa tende a ser muito variada, sem grandes ligações perenes, mas sim superficiais e rápidas.
CARACTERÍSTICAS
CorVermelha (Azul Rei) (Em algumas casas também o Azul)
Fio de ContasContas e Firmas Vermelhas Leitosas
ErvasPeregum(verde), São Gonçalinho, Quitoco, Mariô, Lança de Ogum, Coroa de Ogum, Espada de Ogum, Canela de Macaco, Erva Grossa, Parietária, Nutamba, Alfavaquinha, Bredo, Cipó Chumbo.(Em algumas casas: Aroeira, Pata de Vaca, Carqueja, Losna, Comigo Ninguém Pode, Folhas de Romã, Flecha de Ogum, Cinco Folhas, Macaé, Folhas de Jurubeba)
SímboloEspada. (Também, em algumas casas: ferramentas, ferradura, lança e escudo)
Pontos da NaturezaEstradas e Caminhos (Estradas de Ferro). O Meio da encruzilhada pertence a Ogum.
FloresCrista de Galo, cravos  e palmas vermelhas.
EssênciasVioleta
PedrasGranada, Rubi, Sardio. (Em algumas casas: Lápis-Lazúli, Topázio Azul)
MetalFerro (Aço e Manganês).
SaúdeCoração e Glândulas Endócrinas
PlanetaMarte
Dia da SemanaTerça-Feira
ElementoFogo
ChakraUmbilical
SaudaçãoOgum Iê
BebidaCerveja Branca
AnimaisCachorro, galo vermelho
ComidasCará, feijão mulatinho com camarão e dendê. Manga Espada
Numero2
Data Comemorativa23 de Abril (13 de Junho)
SincretismoSão Jorge. (Santo Antônio na Bahia)
Incompatibilidades:Quiabo
QualidadesTisalê, Xoroquê, Ogunjá, Onirê, Alagbede, Omini, Wari, Erotondo, Akoro Onigbe.

sábado, 15 de março de 2014

Ogum Xoroque

QUEM É OGUM XOROQUÊ.

    Segundo a tradição afro-brasileira, Ogum foi o segundo filho de Yemanjá e Oxalá, devido  a isso,   ligou-se por uma grande amizade ao irmão mais velho , Exú, que lhe era mais próximo do que os demais irmãos.    Aventureiros, os dois andavam sempre juntos. Seus interesses e habilidades eram  muito semelhantes:donos das estradas do mundo, enquanto Exú dominava as encruzilhadas,    Ogum mandava nas retas dos caminhos. O desbravamento de novos espaços, a abertura de passagens   e a luta contra os inimigos    constituiam sua vida.    
     Talvez essa grande união e afinidade explique a existência de uma entidade que reúne as características dos dois Orixás: Exú- Ogum, segundo Nina Rodrigues ( citado por Câmara Cascudo e por Roger Bastide), seria o nome dado pelos iorubás   
  o Orixá do ferro ( Ogum) sob sua forma de Deus da guerra, ou ao Exú de ferro, uma das duas modalidades gerais de Exu ( a outra é Exú da terra), que simboliza os ossos ( os minérios), o esqueleto do corpo da terra. Essa fusão parece não existir somente no Brasil: Câmara Cascudo também cita o pesquisador Fernando Ortiz, que descreve a existência de uma combinação semelhante, encontrada eventualmente na Santería de Cuba.
    De acordo com Fernandes Portugal, Ogum Xoroquê é um Ogum com fundamento em Exú. Já   Xogum , segundo o mesmo autor, é um tipo de Ogum que se torna Exu durante seis meses. O fato de ter fundamento em, ou ser periodicamente Exú, significa que esse  Ogum tem um componente mágico, podendo realizar feitiços.
   De acordo com Olga Cacciatore, Ogum Xoroquê, também chamado de Xogum ( EXÚ DE OGUM) , é um Ogum feroz e briguento, tão bravio que termina por torna-se um Exú. É por isso que  ele tem tanta presteza em procurar resolver as demandas de seus filhos- de- fé, assumindo suas brigas e quizilas. O próprio nome da entidade reflete essa característica: em iorubá, xoro + ké significa gritar ferozmente ou cortar cruelmente.
         Ainda segundo Cacciatore, Xoxoroquê é o nome dado a essa entidade, quando ela se manifesta sob a forma de Exú.Como todos os exús da Umbanda, ele é mais um servo do Orixá que um Orixá  propriamente dito ; desta forma, esta entidade seria um Exú  subordinado a Ogum-Xoroquê ( como indica o nome Xoxoroquê , que significa em iorubá guarda de Xoroquê) .
    Entretanto , diferente dos demais Exús, este tem duas características únicas: em primeiro lugar,   verifica-se que, embora seja da mesma raiz que Ogum, ele assume uma causa como se fosse somente sua , quando outra entidade o requisita, resolvendo o problema por conta própria , e não como mensageiro do Orixá; em segundo lugar, e mais importante, verifica-se que, durante parte do ano, este Exú torna-se o próprio Orixá a que é ligado.
    No Candomblé da  Nação de Angola , esta entidade é um Boiadeiro.

 Chama-se Caboclo Xoroquê  - metade caboclo ,metade Exú - , característica que o torna mais arrojado que os demais Caboclos no momento de resolver os casos que lhe são entregues.
    No Brasil, o Senhor Xoroquê, como a entidade é respeitosamente chamada por seus fiéis, apresenta-se alternadamente sob duas formas: durante seis meses do ano, é um Ogum, durante os outros seis meses, é um Exú. Porém estes seis meses não são exatamente o primeiro ou segundo semestre e sim dias alternados. Ou seja, o filho de Ogum Xoroke sente em seu organismo quando XExú esta aflorado ou o  Ogum. Somente o filho deste  Órixa sabe desta mudança. Um dos motivos dos filhos deste órixa serem considerados irresponsavis, pois nínguem nunca sabe o que ele vai fazer, esta pensando são muito imprevisiveis, nem eles sabem  qual vai ser a atitude diante de uma situação. Por isso as pessoas tem que ter muita paciência com os filhos de OGUM XOROKE.
Os Zeladores de Santo quando tem um filho deste Órixa sabe que este filho será aquele que sempre ele pode contar e sempre sabe que de vêz em quando some do "BARRACÃO", mas sempre volta. Os Zeladores já estão tão acostmado com as atitudes destes filhos que os outros Yaôs do "barracão" acham que estes filhos são os protegidos. Mas não. É que Ogum Shoroke esta sempre a flor da pele e os filhos agem de forma muito parecida do Órixa. Resumindo, os filhos de OGUM XOROKE são problemáticos. Porém quando OGUM XOROKE  "quizila" com um filho dele. É muito díficil conseguir "agô". Este filho apanha por um perído de SETE ANOS, QUATORZE e VINTE UM ANOS. Portanto todo o cuidado é pouco. Os filhos de Ogum Xoroke quando apanham de seu pai, apanham de uma forma muito rude em relação aos outros  Órixas. OGUM XOROKE só atende aos pedidos feitos pora YEMANJA ou XAPANAN. Por tanto se você é "raspado e catulado" para este Órixa, tome muito cuidado. Não vacile pois ele te dá quase tudo e toma de você inclusive aquilo que ele não te deu. Os filhos de OGUM XOROKE consegue tudo com muita facilidade, isto quando esta em dia com seu Órixa.
Consegue coisas impossiveis que ele nunca imaginou conseguir, coisas materiais e espirituais. Porém tem estar em dia com todas as "obrigações" relacionado ao Órixa. Eu amo OGUM .

Maria Navalha




História de Maria Navalha.
Alguns diziam que ela era mulher de vida fácil, porém ela sempre trabalhou muito para sustentar seu irmão doente mental. Trabalhou no cais, nos mais diversos bares, botecos e Bin bocas que já existiu lá fez fama pelo seu temperamento rude e de difícil amizade, talvez, por sua vida humilde.

Logo após nascer seu irmão houve complicações com o parto, vindo a falecer a Mãe, uma mulher doce e dedicada aos seus filhos e marido. O Pai, um militar muito severo, não conformado, rejeita o próprio filho e foi aí que Maria Regina das Dores, mais tarde chamada de Maria Navalha, se pôs: entre o Pai martirizado pela morte de sua amada e um filho que apresentava uma deficiência mental. Tudo isso a coagiu para uma vida de sofrimentos e angústias. Logo depois, o pai também se foi. Morreu de tristeza, pois não suportou a partida de tão doce mulher.

Após seu falecimento, eles tiveram que se mudar para um lugar muito humilde. Então, Maria Navalha, com seus 14 anos, começa entender que a vida para as mulheres na década de 50 não era tão fácil assim.

Trabalhou em casa de família, mas seu jeito meigo logo atraia os olhares maliciosos de Patrões sedentos de desejos e foi por um deles que ela acabou deixando-se seduzir. Com esse patrão, ela compartilhou 10 anos de sua vida, até que um dia ele se foi sem deixar nenhuma notícia. Ela que sempre foi contra a dependência, logo naquele momento voltava para a rua da amargura com seu irmão que sempre estava ao seu lado. Seu desvio mental em nada comprometia o carinho e afeto de irmão e amigo que ela sentia. Foram muitas as noites que ela se pegou chorando, sem ter o que comer, com fome e frio na rua. Até que um dia se mudaram para o porto, de onde sigo com minha história.

Não demorou e logo arrumou um emprego de garçonete em um prostíbulo. Ela era tão assediada que as meninas que ali ganhavam sua vida vendendo seu corpo se incomodavam com aquela bela jovem que agora já tinha seus 25 anos.



Em meio as várias pessoas que ali freqüentavam, apareceu, um homem negro, bem trajado, de terno de linho branco e com uma gravata vermelha que deixava um ar de conquistador. Ele, então, pediu uma bebida: “me da uma Bhrama de meia minha querida” - disse aquele homem que tremia os olhares enquanto esperava. Em seguida, sacou de seu bolso um baralho com que ficou a cartear em cima da mesa provocando o olhar de muitos ali naquele local. Não demorou muito, chegou o primeiro querendo saber o que mais do que boa pinta o nobre negro vestido tinha a oferecer. Então, ele tirou seu relógio e disse: “tenho isso”. Era um relógio ainda de corrente, muito bonito por sinal. E foi só com isso que ele depenou os pobres freqüentadores do local. Entre uma rodada e outra, seu olhar se virava para a Maria, doce, bela e bonita e ela correspondia com um sorriso de deboche, ao acabar com quase todos ali presentes e com o bolso cheio de “pataco” ele se levantou, como se é de costume e pediu uma Parati (pinga) para finalizar sua noite. Ele nunca passava das 03:00 da manha. Eram ordens expressas de uma vidente. Então, tomou a Pitu, uma pinga que lhe dava ânimo para chegar a sua morada. Antes de sair, agradeceu à Maria e se foi.

Após algumas horas de sua partida, Maria, cansada por mais um dia de exaustivo trabalho, também foi se embora e ao passar por uma viela escura, um caminho mais curto, próximo a Av. Mem de Sá, se deparou com duas pessoas suspeitas, que tinham um olhar de maldade e cobiça. Nisso, ela apressou seus passos na tentativa de despistar aqueles homens estranhos. Quando ela sem esperar, outro homem a cerca entre as vielas, segura a em seu braço e lhe diz: “olá, bela moça. Vejo que me viu perder tudo que tinha nos bolsos para aquele homem de terno e não quero mais perder, pelo menos quero você agora como uma recompensa pelo pataco perdido. Também vi que dava risada da minha má sorte ao lado daquele negro malandro!”.



Nesse instante, ela correu em direção ao outro lado da viela e lá estavam os dois que a estavam perseguindo. Sentindo–se sem salvação, começou a pedir para São Jorge, seu santo de devoção a quem sempre teve um grande carinho e fé, para que a socorresse. Como em um passe de mágica, mais do que depressa, veio aquele negro todo engomado, cheio de passos bonitos até pra andar e disse: “Boa noite seu moço, você diz que me conhece, tem razão de me conhecer, eu nasci de madrugada antes do dia amanhecer”.


Em seguida, retirou do bolso da sua calça, uma navalha e como se fosse cortar um papel perfura o rosto do perdedor inconformado, que logo sai todo molhado com seu próprio sangue ruim e cheio de ódio. Os dois, mais do que depressa, também resolvem se retirar por medo ou por simplesmente vontade de não estar ali naquele nevoeiro que aumentava cada vez mais, fazendo o pavor crescer ainda mais.

Ao se virar, Maria percebeu que a roupa branca do nego malandro estava cheia de sangue, resultado do corte do inimigo que tentara incomodar a bela mulher. Então, num intuito de agradecer ao seu belo herói, ela o convidou para que ele fosse pelo menos amenizar as manchas que estivera em sua nobre roupa e eles, assim, foram conversando, dando muitas risadas e ela cada vez mais seduzida e ele cheio de chamego pela bela moça.

Ao chegar, ele retirou o paletó e ela começou a lavá-lo. Em seguida, deixou-o secar um pouco, porém, não houve sucesso na retirada de toda a mancha e eles começaram a beber.

Ela tinha, não se sabe porquê, uma garrafa de coquinho que serviu a si e ao herói. Ele, cada vez mais sedutor, fazia-a dar altas risadas enquanto o irmão dela roncava em sono pesado, sem imaginar que tinha visita.

De tanto beber, ela acabou adormecendo e ao acordar sentiu algo diferente em si mesma, como se estivesse mais ousada, mais capaz, mas forte. Ao se levantar, o belo homem já tinha ido sem deixar rastro, apenas um bilhete e a navalha em cima como apoio. No bilhete, ele dizia:
.



“Obrigado por confiar em mim. Essa navalha nos une para todo o sempre e com ela vais cortar a injustiça, a maldade e a mentira. Saiba usar porque seu fio de corte está ligado diretamente ao seu coração saiba separar os bons dos maus e eu estarei sempre ao seu lado”.




Seu olho se encheu de água com a partida do seu eterno herói, sem nem ao menos um beijo de despedida, nada, apenas aquela navalha. Logo ela que demorou tanto para se simpatizar com outro homem, mal isso tinha acontecido e já houve a separação.

Conforme ele disse, ela fez. Sempre que precisava de ajuda, a navalha a ajudava, tanto que os homens e pessoas ruins a apelidaram de Maria Navalha. Não havia quem a não conhecia.

Logo que a vida começou a melhorar, ela comprou um chapéu Panamá de fita vermelha igual ao do seu amado e usava sempre para todo lado que ia. Às vezes, achavam que ela gostava de mulheres, pois fazia uma cara de mau e brigava como um homem, mas na verdade ela sempre esperava um dia poder reencontrar seu grande amor.

Ogum Meje: É o mais velho de todos, a raiz dos outros, Ogum completo, solteirão e rabujento. É o aspecto do orixá que lembra a sua realização em conquistar a sétima aldeia que se chamava Ire (Meje Ire) deixando em seu lugar seu filho, Adahunsi.
  
Ogum Je Ajá ou Ogunjá: 
Um de seus nomes em razão de sua preferência em receber cães como oferendas, um dos seus mitos liga-o a Oxanguiã e Yemanjá quanto a sua origem e como ele ajudou Oxalá em seu reino fazendo ambos um trato. É um Ogum combativo. Tem temperamento rabugento, solitário, veste-se de verde escuro e usa contas verdes. Dizem que acompanha Yemanjá Ogunté.

Ogum Ajàká: É o “verdadeiro Ogum guerreiro”, sanguinário, que em princípio se veste de vermelho. Teria sido rei de Òyó e irmão de Xangô. Ajàká é um tipo particularmente agressivo de Ogum, um militar acostumado a dar ordens e a ser obedecido, seco e voluntarioso, irascível e prepotente.

Ogum Xoroke ou Ogum Soroke: Apenas um apelido que Ogum ganhou devido à sua condição extrovertida; soro = falar, ke= mais alto. Usa contas de um azul escuro que se aproxima do roxo. Xoroke é um Ogum que algumas pessoas tendem a confundir com Exú, agitado, instável, suscetível e manhoso.
Ogum Meme: Veste-se igualmente de verde e usa contas verdes, como Ogunjá, mas de uma tonalidade diferente. 

Ogum Wori: É um Ogum perigoso, dado à feitiçaria e ligado aos antepassados. Tem temperamento difícil, suscetível, autoritário e de espírito dogmático.
Ogum Lebede (Alagbede): É o Ogum dos ferreiros, marido de Yemanjá Ogunté e pai de Ogum Akoro. Representam um tipo mais velho de Ogum, trabalhadores conscienciosos, severos, que “não brincam em serviço”, cientes de seus deveres tanto quanto de seus direitos, exigente e rabujento.
Ogum Akoró: É o irmão de Oxóssi, ligado à floresta, qualidade benéfica de Ogum invocada no pàdé. Filho de Ogunté, Akoró é um tipo de Ogum jovem e dinâmico, entusiasta, era empreendedor, cheio de iniciativa, protetor, seguro, amigo fiel e muito ligado à mãe.
Ogum Oniré: É o título de Ogum filho de Oniré, quando passou a reinar em Ire, Oni = senhor, Ire = aldeia., o dono de Iré, primeiro filho de Odúduwà. Oniré é um Ogum antigo que desapareceu debaixo da terra. Usa também contas verdes. Guerreiro impulsivo é o cortador de cabeças, ligado à morte e aos antepassados; orgulhoso, muito impaciente, arrebatado, não pensa antes de agir, mas acalma-se rapidamente.
Ogum Olode: Epíteto do Orixá destacando a sua condição de chefe dos caçadores, originário de Ketu. Não come galo por ser um animal doméstico. Amigo do mato, dos animais, conhecedor dos caminhos, e é um guia seguro. Seu temperamento solitário assemelha-se ao de Oxóssi.

Ogum Popo: 
Seria o nome de Ogum quando foi à terra dos Jeje, é um tipo fanático.

Ogum Waris:
 Nessa condição o Orixá apresenta-se muitas vezes com forças destrutivas e violentas. Segundo os antigos a louvação patakori não lhe cabe, ao invés de agradá-lo, ele aborrece-se. Um dos seus mitos narra que ele ficou momentaneamente cego.
Ogum Masa: Um dos nomes bastante comuns do Orixá, segundo os antigos é um aspecto benéfico quando assim se apresenta.
ORIXÁS E SUAS ERVAS.

Oxalá:  


Tapete de Oxalá (boldo), algodão, arnica da horta, alecrim, folhas e ramos de palmeiras, folhas de laranjeira, hortelã, erva cidreira, rama de leite, malva branca, saião branco, folha da costa, rosa branca, louro, manjerona, manacá, macaça, erva doce;


Oxossi: 


Alfavaca do campo, jureminha, caiçara, arruda, abre caminho, malva rosa, capeba, peregum, taioba, sabugueiro, jurema, capim limão, acácia, cipó caboclo, goiabeira, erva de passarinho, guaco, guiné, malva do campo, são gonçalinho, Louro, cabelo de milho, eucalipto, manjericão, samambaia;


Ogum: 

 Espada de São Jorge, crista de galo, folhas de mangueira, Taioba, Cipó chumbo, Palmeira de dendezeiro (Mariwo), abre caminho, alfavaquinha, arnica, aroeira, capim limão, carqueja, dandá da costa, erva tostão, eucalipto, jaboticabeira, losna, pau rosa, peregum, porangaba, são gonçalinho, jatobá;

Xangô: 

 Folha da costa, matamba, betis cheiroso, levante, folha de fogo, cerejeira, figueira branca, amoreira, ameixeira, espada de Santa Bárbara, Comigo ninguém pode, cipó mil homens, folhas de café, folha de manga, Guiné, arruda, limoeiro, umbaúba, vence demanda, urucum, pessegueira, pau pereira, para raio, noz moscada, nega mina, mutamba, mulungu, manjericão, malva cheirosa, jaqueira, folha da fortuna, folha da costa, fedegoso, erva tostão, erva de são 
João, cavalinha;


Iemanjá: 

 Jarrinha, Rama de leite, cana do brejo, betis cheiroso, algas marinhas, alfavaquinha,flores branca de qualquer espécie, aguapé, camélia, folha da costa, jasmim, lagrima de nossa senhora, macaça, malva branca, taioba branca;

Oxum:

  Folha de vintém, folha da fortuna, malva, dracena, rama de leite, malva rosa, narciso, flores de tonalidade amarela, lírios de toda espécie, margaridas, flor de maio, amor perfeito, madressilva, quioco, oriri, mutamba, melissa, macaça, ipê amarelo, folha da costa, erva de santa Maria, erva de santa luzia, colônia, camomila, assa peixe, aguapé;

Iansã: 


Erva santa, umbaúba, folhas de bambu, folha de fogo, capeba, perientária, bredo sem espinho, malmequer branco, dormideira, espada de santa bárbara, flores amarelas ou coral, dracena, papoula, gerânio, erva de passarinho, erva tostão, guiné, jaborandi, louro, malva rosa, nega mina, peregum, pinhão roxo;


Nanã:

 Alfavaca roxa, assa peixe, avenca, cana do brejo, capeba, cedrinho, cipreste, erva de passarinho, jarrinha, manacá, Maria preta, mutamba, quaresmeira, rama de leite;

Omolu/Obaluaê:  


Zínia, folhas de laranja lima, folhas de milho, barba de velho, vassoura preta, velame, sete sangrias, sabugueiro, musgo, manjerona, mamona, espinheira santa, carobinha do campo, assa peixe;


Exu: 


Abranda fogo, mamona, carqueja, picão preto, unha de gato, arruda, comigo ninguém pode, arrebenta cavalo, azevinho, bardana, beladona, cactus, cana de açúcar, cansação, catingueira, corredeira, figueira preta, folha da fortuna, garra do diabo, mangueira, pau d’alho, pau santo, pimenta da costa, pinhão roxo, urtiga, chorão;

 
 
BANHOS DE ERVAS

Arnica – afasta a negatividade
Abre Caminho – novas forças
Alecrim – clareza mental
Arruda – proteção
Anis Estrelado – aumenta a auto-estima
Água-de-arroz – calmante
Alfazema – mudança
Camomila – limpeza (bactericida)
Canela – limpeza, força e prosperidade
Cravo da Índia – estimulante
Erva doce – boas energias
Espada de São Jorge – proteção
Folhas de Manga – prosperidade
Folhas de Louro – prosperidade
Fumo – proteção
Flor de sabugueiro – calmante
Guiné – proteção e força
Girassol (sementes) – acelera as mudanças
Hortelã – aceitação
Levante – força, melhorar a auto-estima
Losna – corta a negatividade (raivas)
Macela – calmante (bom para insônia)
Manjericão – equilíbrio, renova as células do organismo
Pitanga (folhas) – melhora a circulação
Rosas brancas – limpeza
Rosas vermelhas – energia

Atenção: 
Antes de tomar qualquer um banho de erva ou usar para fins medicinais
 consulte um Guia ou pai de de Santo.

Liçoes que a vida encina.



Vejo a vida como um livro, onde somos capazes de escrever cada capítulo como quiser, tudo só depende de nos. Tenho sonhos, na qual é o que me incentiva a viver, tenho conquistas e derrotas, mas sei que sou capaz de superar tudo, pois a vida sempre há seus altos e baixos. Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que amaram, mas sempre há um modo de consertar tudo. Descobri que a única pessoa que realmente devemos confiar, somos nós mesmos. E se há alguém no mundo em que mais devemos amar, também somos nós mesmos. Não sei se vou ser a mesmo por toda a vida, e nem sei dizer o que irá acontecer no amanhã. Só quero mesmo é viver intensamente, esquecendo as tristezas e apenas lembrando dos momentos felizes que a vida nos proporciona. Não me importo com pessoas que não gostam da minha pessoa, e nem vou me rebaixar a isso. Só preciso valorizar quem me valoriza!